quinta-feira, 29 de março de 2012

Ahhhhhhhhhhhhh!

Sabe aquele dia em que tudo o que você fez parece ter sido um sonho? Aliás, será que realmente foi real? (realmente real é tenso o.o)

Haha não sei se é minha memória, que falha com uma frequência inacreditável, ou se estou criando uma dupla personalidade como em "O médico e o monstro", só sei que acordei e até a teoria sobre "universos paralelos" começa a fazer sentido.

E falando nesses universos, sabia que estamos a um passo de provar que é possível?

Vocês me perguntariam: Que coisa de gente doida, e como podem acreditar na possibilidade?

A resposta é que as coisas ficaram estranhas quando os cientistas começaram a observar o comportamento de partículas subatômicas, como os elétrons.
Pra ajudar constataram que o bendito não podia ser localizado porque ele (elétron), de certa forma, desaparecia e aparecia em outro ponto, aí a pergunta dos cientistas foi a seguinte: Pra onde é que ele foi enquanto não estava presente (no lugar da observação inicial)?

Agora vamos viajar um pouco...

Você pode ter ido passear por aí e de repente ao olhar pro lado ter visto um cara armado, este cara atira em você.

Nesta realidade você pode ter se ferido muito, até morrido... Mas em outro universo, uma versão de você pode nem ter saído de casa... E pior, num terceiro universo o atirador pode ter sido você. Já pensou?

Confesso que a comprovação disso me deixaria muito feliz!

Imagine que bom pensar que mesmo você não tenha conseguido aquele(a) namorado(a) legal, aquele emprego bacana, em algum lugar, em algum outro universo você fez tudo o que queria ter feito!

Melhor ainda, arrumar um portal pra encontrar esse universo hahaha, ah se tivesse como, uma guerra começaria rapidamente!

Só sei que se for comprovado essa teoria os pagodeiros vão poder mudar um pouco suas letras chatas, vai ficar uma coisa como "eu sempre te amarei, em todos os universos paralelos, lelelelele" (eu sei eu sei, muito açúcar faz isso comigo!)

Bom, até lá vou continuar com minhas teorias, quem sabe até estudo Mecânica Quântica e monto minha própria equação!

O pior mesmo é ter essas perdas de memória, essa sensação de que as coisas que aconteceram não aconteceram realmente!

Será que por um instante viajei pra outro universo e fiz lá o que deveria ter feito, e sem querer voltei e nada aconteceu? (chegaaaa!)

Melhor acabar por aqui, antes que eu não consiga mais parar de viajar!

Pra quem gostou de pensar sobre isso, aí vai um vídeo muito interessante!




That's all folks!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Depois de um ano...

Voltar a postar nem sempre é fácil, a menos que seja algo colado de algum outro site, mas construir algo... Leva um pouco mais de tempo.
O curso de Letras acabou, agora é conviver com as mesmas perguntas sem ninguém para orientar como se deve começar a pesquisa.

Não sei bem o que será deste ano. Sei que acabei de assistir "O Palhaço", longa-metragem do grande Selton Mello, e me deparei com uma questão bem clichê que ninguém nunca respondeu: "O palhaço faz todos rirem, mas quem faz o palhaço rir?" Filme tão simples, tão bobo e faz a gente pensar tanto na vida, como pode?!

Minha vida? Ish, anda de muletas! Sinto-me muitas vezes como o palhaço, o consolo é ver a carinha dos meus alunos duas vezes por semana e com isso rir um pouco. Com exceção disto ando bem preocupada, pensativa e até inspirada acredita? Um querido colega concordou quando eu disse que a dor nos torna poetas, vamos ver como me saio então...



POETA COM RIMA OU SEM

A primeira linha é o mais difícil,
Cair de cabeça na própria mente,
Organizar tantos pensamentos,
Tudo desnecessário...

Babaquice pensar palavras complicadas
Para tentar explicar o que se sente.
Poeta ou não, cada um vive sua mais perfeita obra
Com rima ou sem, o vazio atinge a todos.

Vírgula após vírgula a mesma dúvida,
A mesma dívida, a mesma alma dividida.
Quem é que aprende sem tentar?
Quem é que nunca teve vontade de gritar?

A ajuda não vem de fora,
Para que procurar nas pessoas
O que não pode ser encontrado?

Com rima ou sem...
Cada um cria seu próprio labirinto.
Quanto mais se explica menos se sabe o que explicar...

Respirando fundo em cada passo
Corrompendo a mente para um futuro otimismo
Babaquice pensar o mundo com palavras difíceis,
Se nem sabemos mais o sentido das palavras simples...

Com rima ou sem...
O poeta nunca está contente,
Poeta doente!
Tudo pode reescrever, menos a vida que leva...



Adoro usar reticências como se pode notar. Algumas frases não precisam estar completas para se entender, até porque elas veem incompletas em nossa cabeça, nós que tentamos em vão encontrar as melhores palavras para finalizá-las.

Agora vai uma música bem propícia para meu momento pensativo ^^







Na próxima postagem espero estar com um humor bem contagiante porque hoje a TPM falou mais alto hahaha.

That's all folks!

sábado, 29 de maio de 2010

Jabberwocky e seu mistério.

Quem não conhece a história da pequena Alice no país das maravilhas?

Acredito que ,com a divulgação e sucesso que o filme "Alice" tem feito, quase todo mundo tem pelo menos uma noção do que se trata. Bom, meu foco não é neste filme, mas sim na continuação do conto de Lewis Carrol, Alice no país dos espelhos.(Original: "Through the looking-glass and What Alice Found There", também conhecido como "Alice Através do Espelho e O Que Ela Encontrou Por Lá").

Duvido que muitos tenham lido este livro no idioma original, contudo os que leram tiveram a oportunidade de apreciar a genialidade de Carrol, que além de ter feito um dos maiores clássicos da Literatura Fantástica, criou também, em minha opinião, o poema mais fascinante de todos, Jabberwocky, que na história é lido por Alice na casa do Rei(do xadrez). Você vai me perguntar por que eu penso isso, a resposta é fácil, este é um poema nonsense, uma palavra do inglês que significa sem sentido. Mas o fascinante do poema é que Carrol inventou muitas das palavras que compõem o poema, e com isto se tornou um grande desafio a tradução.
Como traduzir um poema sem sentido, onde as palavras também não tem um sentido claro?
Isto resultou numa declaração muito interessante de Carlos Alberto Dória, em seu livro "O lápis muito louco do rei branco". "Uma coisa que parece não fazer sentido no original, pode não fazer sentido de um modo diferente em outra língua". Isto pode lhe parecer confuso, mas acredite, é assim mesmo.
Ele ainda comenta neste mesmo livro que vários malucos tentaram traduzir o poema, e que quanto mais se traduzia, menos se sabia o que Alice tinha realmente lido.

Augusto de Campos foi o louco brasileiro que traduziu este poema. Para quem não sabe, ele também foi um dos criadores da Poesia Concreta e da Infopoesia. Mas vamos ao que importa. Vou lhes mostrar o original, a tradução de Campos, e por que não, uma versão que eu fiz a partir do original e da tradução.

“Jabberwocky”

‘Twas brillig, and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe:
All mimsy were the borogoves,
And the mome raths outgrabe.

“Beware the Jabberwock, my son!
The jaws that bite, the claws that catch!
Beware the Jubjub bird, and shun
The frumious Bandersnatch!”

He took his vorpal sword in hand:
Long time the manxome foe he sought—
So rested he by the Tumtum tree,
And stood awhile in thought.

And, as in uffish thought he stood,
The Jabberwock, with eyes of flame,
Came whiffling through the tulgey wood,
And burbled as it came!

One, two! One, two! And through and through
The vorpal blade went snicker-snack!
He left it dead, and with its head
He went galumphing back.

“And hast thou slain the Jabberwock?
Come to my arms, my beamish boy!
O frabjous day! Callooh! Callay!”
He chortled in his joy.

‘Twas brillig, and the slithy toves
Did gyre and gimble in the wabe:
All mimsy were the borogoves,
And the mome raths outgrabe.

(Lewis Carrol)
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"O Jaguadarte"

Era briluz.
As lesmolisas touvas roldavam e reviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.
"Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Fefel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassura!"
Ele arrancou sua espada vorpal e foi atras do inimigo do Homundo.
Na árvore Tamtam ele afinal
Parou, um dia, sonilundo.
E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, olho de fogo,
Sorrelfiflando atraves da floresta,
E borbulia um riso louco!
Um dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem, vem-vai, para tras, para diante!
Cabeca fere, corta e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.
"Pois entao tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!"
Ele se ria jubileu. Era briluz.
As lesmolisas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

(Augusto de Campos)

Obs.: você não entendeu nada, tenho certeza, agora vamos a minha versão xD

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“Jaguadarte”

Era briluz, e os texomulgos
Nas encostas do morro cavavam buracos:
Eram todos tristes os papagróis
E dos ratolcos o grave guinchado.

Com o Jaguadarte , meu filho, tome cuidado!
As mandíbulas que dilaceram, a garra que segura
Guarde-se do pássaro Jubjub, e mantenha-se afastado
Do frumegante Babassura.

Ele tomou sua espada vorpal em mãos:
Um tempo longo o terrível inimigo ele procurou –
Ao pé da árvore Tuntum ele repousou.
E permaneceu por algum tempo em reflexão.

Com um pensamento grossáspero ele esperou.
O Jaguadarte, com olhos de fogo
Que através do escrudenso bosque baforejou
E, com muito fervor se aproximou

Um, dois! Um dois! De um lado ao outro!
A lâmina vorpal fez chack-chank
Levou sua cabeça, deixou-o morto
E foi embora galunfante.

“Matastes o Jaguadarte?
Venha pros meus braços, meu garoto irradiante
Oh magnificoso dia! Ao alto e avante!”
Ele buforriu-se em sua euforia.

Era briluz, e os texomulgos
Nas encostas do morro cavavam buracos:
Eram todos tristes, os papagróis
E dos ratolcos o grave guinchado.


obs.: Ainda não entendeu nada? Bom, isso significa que você é normal ^^



O bacana do poema é que você pode se matar de traduzir, você sempre construirá um poema diferente, que às vezes fará mais sentido, em outras vezes você pensará estar realmente louco.
Eu mesmo empolguei-me muito em traduzi-lo, quando terminei estava atormentada, e agora, um tempinho depois disso, resolvi publicá-lo no blog pra me livrar logo dele xD

Desculpem-me pelo tempo que demorei para postar novamente, faculdade vocês sabem, consome a gente e tudo o que nós queremos quando chegamos em casa é dormir.

Este é um post destinado à quem se interessa por tradução, pelo conto da Alice, ou por curiosidades diversas. E quem quiser se divertir com outras versões em português é só conferir este link http://bravonline.abril.com.br/conteudo/cinema/arte-traduzir-lewis-carroll-546514.shtml aqui o povo realmente viajou. Para quem quiser ainda ver traduções em outras línguas é só ir para este link aqui http://pt.wikilingue.com/es/Jabberwocky que mostra a primeira estrofe em inúmeros idiomas.




além de aparecer em vídeos infantis como este, o poema também ganhou melodia e se tornou uma música como no vídeo abaixo



That's all folks! até a próxima. Callooh! Callay!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Olhos Vermelhos

Se lembra daquela festa, daquele encontro ou momento marcante que você quis registrar com uma fotografia?
Mas naquele tempo não existia a tecnologia do photoshop, e mesmo em fotos recentes com máquina digital, quando foi admirar aquela imagem linda que esperava notou o temível olho vermelho que te fez pagar de possuidão ;D ?



Isso costuma ser normal, ainda mais se você não entende nada sobre o assunto, e pensa que se apenas apertar o botão tá tudo pronto. Pois você se engana, vou te mostrar porque isso acontece e como evitar, pra se livrar do micão dos boatos como (cheirou um, diabo no corpo, recebeu espírito, visão de laser e coisas do tipo).



Na verdade, o olho humano funciona como uma câmara escura. Embora pelo lado externo a pupila seja da cor preta, a região do fundo do olho, chamada de retina, é provida de diversos vasos sanguíneos, dando uma coloração avermelhada.

O que ocorre nas fotos é que a luz do flash incide sobre a pupila e alcança a retina. Ao alcançar essa parte do olho, a luz atinge as veias sangüíneas e a cor vermelha é preferencialmente refletida. Outra questão: por que nem sempre isso acontece?

A ocorrência ou não dos olhos avermelhados nas fotos irá depender da claridade do ambiente. Quando o ambiente está grandemente iluminado, as pupilas se contraem naturalmente, dificultando a entrada da luz do flash.

As câmeras fotográficas atuais possuem recursos que diminuem o efeito dos “olhos vermelhos”, disparando luzes antes do flash com o objetivo de retrair as pupilas do fotografado. Outra solução é olhar para um objeto luminoso alguns instantes antes de tirar a foto, fazendo com que haja a contração da pupila.

Anotou pra não dar brecha e fazer feio na boatchi? ;D



É isso aí pessoal, beijos e até amanhã :]






segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Romance Gramatical

Como prometi vou postar uma coisa que eu considero interessante e engraçada.
É um texto cujo o nome da autora se desconhece, só o que se sabe é que este texto ganhou um concurso na universidade UF-PE (Federal de Pernambuco).
Eu posso dizer que amei a história, que chegou para mim através do meu professor de Gramática Contextualizada.
Espero que todos gostem ^^

ROMANCE GRAMATICAL

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele, um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação, os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.

O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro. Ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar. Só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente. Abraçaram-se numa pontuação tão minúscula que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula, ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais. Ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.



Queria agradecer a Débora, que tem lido meu blog diariamente, por divulgá-lo em seu blog de culinária :D , que aliás é muito bom, pra você que gosta de cozinhar, cozinha por obrigação ou tem vontade de aprender alguns pratos e dicas aí vai o link do blog dela http://amorempratosculinarios.blogspot.com

Beijões, abrações e até amanhã ^^


domingo, 21 de fevereiro de 2010

Carpe Diem hohoho*

Depois do pesadelo que foi ontem aqui do lado de casa, hoje tudo se acalmou xD [graças]
Chegamos no domingo e é tão triste pensar que amanhã volta a rotina de novo.
Mas vamos lá! Animação, porque ficar pensando na morte da bezerra não ajuda em nada. [palavras de vovó].
Se você querido visitante é como eu e adora música boa, aí vai uma sugestão de banda: The Strokes. Com seu novo álbum First Impressions Of Earth fica difícil você não se contagiar com um Indie Rock de qualidade. E futuramente eu tentarei colocar para download a discografia deles.
Uma das músicas do First Impressions, na minha opinião a melhor do álbum, tem um título bem sugestivo: You only live once: Você só vive uma vez.

É super angustiante quando temos a sensação de que o tempo está passando rápido demais, e eu pergunto: Você está aproveitando como se deve? E isso me lembra a expressão latina "Carpe Diem" que Horácio [ilustre poeta romano (65 - 8a.C)] utilizou em "Odes".

Original:
"Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi
finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.
seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,
quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare
Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi
spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida
aetas: carpe diem quam minimum credula postero".

Tradução:
"Tu não procures - não é lícito saber - qual sorte a mim qual a ti
os deuses tenham dado, Leuconoe, e as cabalas babiloneses
não investigues. Quão melhor é viver aquilo que será,
sejam muitos os invernos que Júpiter te atribuiu,
ou seja o último este, que contra a rocha extenua
o Tirreno: sê sábia, filtra o vinho e encurta a esperança,
pois a vida é breve. Enquanto falamos, terá fugido
ávido o tempo: Colhe o instante, sem confiar no amanhã".

Muitos outros traduzem carpe diem como colher o dia, aproveitar o momento. Grandes escritores e músicos se inspiraram muito nestas duas palavras, e até na China houve provérbios com este tema:

花開堪折直須折,莫待無花空折枝。
colha a flor quando florescer; não espere até não haver mais flores, só galhos a serem quebrados.

O certo seria todos adotarem essa quase filosofia de vida, que existe desde antes de Cristo, não só por ser bonita, mas também por fazer muito sentido. Se você está aí lendo isso, por favor, saia de casa, ou convide alguém pra sua, vá curtir a vida enquanto pode, aplauda o amor enquanto ainda tem suas duas mãos, beije, ria, abrace, apenas se divirta!

Por acaso vendo meus poemas, encontrei um que tem a ver com o assunto, lógico que não é aquelas coisas, mas deu vontade de postar aqui também!

Bom, That's all folks! Amanhã eu voltarei a postar coisas engraçadas [prometo], abraços e Carpe Diem muito xDDD


"Cicatrizes do Sol"

As meninas perdem a memória;
A lembrança é como a rua em que caminho;
Esburacada por diversas vidas;
As histórias continuam se repetindo.

Posso ver as cicatrizes do sol
E a imortalidade é uma criança;
À girar em torno de prismas
Que em céu nublado se cansa.

Um após o outro passam-se os amores;
E sempre o coração sente saudade;
De um sofrer que é implorar;
Por contato, impacto, contínua vontade
De sentir, descobrir e se entregar.

Eu sei!Vamos sempre buscar
Por um jeito de não envelhecer
Todos os olhos choram em ver o tempo passar
E já não querem ter de esquecer, ceder,
muito menos se acomodar.



sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ninger sucker!

Um mês depois eu crio forças pra postar novamente. E não será uma postagem divertida.

Um dia nublado em Sorocaba, um tanto violento, pelo menos na minha rua.
É engraçado, quando você repara na vida dos outros você percebe que a sua pode não ser um conto de fadas, mas que está melhor do que muitas outras.

Casais brigando, se agredindo fisicamente por coisas idiotas, e os filhos aguentando palavrões, vivendo um inferno.

Depois de tudo que eu vi e presenciei, posso afirmar que as únicas pessoas dignas do céu são os recém-nascidos, porque o resto está terrivelmente podre. Não adianta ir na igreja todo dia, dizer que segue Deus, e depois se afastar de uma pessoa de cor, uma pessoa feia, uma pessoa pobre, uma pessoa homossexual, tudo isso por preconceito.

Não adianta um padre falar que temos que amar o próximo como a si mesmo, quando ele diz que homossexuais não podem frequentar a sua igreja. Não adianta o Papa falar que devemos seguir os mandamentos, quando ele passa por cima de vários só pra sua igreja católica não entrar em contradição, não perder os seus fiéis.

Os orfanatos lotados, e casais que querem adotar depois de um grande tempo de pura enrolação, de burocracia, desistem.

Que terra é essa onde os pais estupram os filhos? Onde matam os filhos. Só que o resto do Brasil só quer saber quem vai ser imunizado no BBB, porque é mais divertido brincar de Deus, de decidir o futuro de uma pessoa, de julgar o carácter dela, mas não dizem que só Deus é quem julga?

Francamente, se eu vou pro inferno, bilhões de pessoas vão junto.

Aliás, se repararmos bem, nós já estamos nele.

Bem-vindo ao Apocalipse!

Desculpem, eu precisava de um desabafo!